A Secretaria de Políticas para a Mulher de São Paulo divulgou nesta quinta-feira (1º) o primeiro censo de inscritos no curso “Não se Cale”, voltado para o combate à violência contra a mulher.
O levantamento revela que, das 11.065 inscrições, 49,5% são de mulheres. No entanto, elas apresentam uma maior proporção de vínculos de emprego frágeis e atuam mais como freelancers.
O curso, destinado a profissionais dos setores de entretenimento, gastronomia e lazer, tem como objetivo capacitar estabelecimentos para acolher mulheres vítimas de assédio, importunação e violência.
Do total de inscritos, 76,6% estão empregados, 12,7% não possuem vínculo fixo e 10,7% estão desempregados.
Ao analisar apenas as mulheres inscritas, que somam 5.480, observa-se que 74% possuem vínculo empregatício, 14,5% são freelancers e 11,4% estavam desempregadas no momento da inscrição.
Em contraste, os homens apresentam maior estabilidade, com 79,1% empregados, 10,8% em trabalhos temporários e 10% desempregados.
Os dados são preliminares e serão atualizados após o fechamento de cada turma.
Até o final do ano, serão abertas diversas turmas, totalizando 1,5 milhões de vagas, priorizando profissionais das áreas de entretenimento, gastronomia e lazer.
A Secretária da pasta, Sonaira Fernandes, destacou a importância de políticas públicas que fomentem a autonomia feminina.
Como exemplo, citou as linhas de crédito “Desenvolve Mulher” e “Desenvolve Mulher Sustentável”, criadas pela agência estadual Desenvolve SP, e a linha “Empreenda Mulher”, do Banco do Povo.
O censo também mapeou a origem dos inscritos com base no DDD informado.
A maioria, 10.755 inscrições, é do Estado de São Paulo. A Grande São Paulo lidera com 77,3% das inscrições, seguida pela Região Metropolitana de Campinas com 3,6% e Sorocaba com 2,9%.
Outros estados somaram 308 inscrições, sendo o Rio de Janeiro o mais representativo com 0,4%.
Dados Regionais:
Este levantamento é fundamental para entender o perfil dos profissionais interessados em combater a violência contra a mulher e para direcionar políticas públicas eficazes.
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