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Agronegócio aponta para alta demanda por profissionais qualificados em 2025

Setor diversifica atuação e amplia oportunidades no mercado de trabalho

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São Paulo, dezembro de 2024 — O agronegócio, pilar estratégico da economia brasileira, segue aquecido e apresenta perspectivas positivas para o mercado de trabalho em 2025. O Plano Safra 2024/2025, de acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), prevê a destinação de R$ 476 bilhões ao setor, evidenciando a necessidade crescente de profissionais especializados, conforme destaca o Panorama Setorial de Agronegócio da Robert Half.

Mais que fazendas produtoras de grãos e pecuária, o agronegócio compõe um ecossistema diverso, que engloba insumos agrícolas, processamento industrial, logística, grandes traders de commodities e serviços financeiros especializados. “Há uma busca crescente por especialistas em áreas como inteligência de dados, inteligência artificial e sustentabilidade, além de profissionais técnicos e ligados à transição climática”, explica Leonardo Berto, gerente da Robert Half.

Gestão de talentos: desafios e oportunidades

1) Profissionalização e modelos de negócios

O segmento é marcado por dois perfis distintos de empresas: multinacionais altamente profissionalizadas e negócios familiares que ainda enfrentam desafios em governança e modernização. Essa heterogeneidade reflete-se na gestão de talentos, com grande necessidade de melhoria de processos, e no recrutamento de profissionais qualificados para atuar com ferramentas modernas de gestão.

“Além da competição com outros setores para recrutar especialistas em áreas como relacionadas à tecnologia, o agronegócio enfrenta o desafio de reter talentos em ambientes que nem sempre são atrativos para esses profissionais”, acrescenta Berto.

2) Diversidade e Inclusão

Companhias com gestão internacional têm adotado políticas globais de diversidade e inclusão, mas a representatividade no setor ainda é limitada. Em áreas técnicas e no interior do Brasil, apenas 19% dos cargos de direção são ocupados por mulheres, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

3) Polos com alta demanda

Embora profissionais do agronegócio esperem trabalhar em regiões rurais, a distribuição de vagas qualificadas é desigual. Nas áreas agrícolas mais ricas e nas fronteiras emergentes, a competição por talentos é acirrada. Há forte demanda em toda a cadeia produtiva, desde agrônomos e veterinários até especialistas em logística, big data, jurídico e contábil.

4) Sazonalidade

A natureza sazonal do agronegócio cria demandas específicas em períodos como as safras e safrinhas. Nesses momentos, são frequentes as contratações temporárias de analistas de faturamento e especialistas em comércio exterior, armazenagem e documentação.

“Com o avanço da digitalização, o perfil das contratações mudou. Multinacionais que antes empregavam mão de obra para colheitas agora têm processos automatizados e buscam profissionais de tecnologia, jurídico ou tributário, para lidar com operações que envolvem múltiplos estados e mercados externos”, observa o gerente da Robert Half.

A evolução da tecnologia também gera altas pontuais, como a busca por pilotos de drone, que foi disruptiva e localizada. E também tendências mais sólidas, como a procura por profissionais com conhecimento em softwares de gestão.

5) Demanda por perfis especializados 

A complexidade do setor exige perfis altamente especializados, pouco transferíveis de outras indústrias. Por isso, é comum que as empresas busquem mão de obra na concorrência. Profissionais qualificados em posições-chave costumam ser objeto de “leilão”, muitas vezes alcançando remunerações superiores às de outras indústrias. 

6) Mudanças climáticas

Eventos como a COP 30, que será realizada em Belém no próximo ano, aceleram transformações no setor. As mudanças climáticas impulsionam a demanda por profissionais de ESG, agricultura regenerativa e economia florestal, além de especialistas em defensivos biológicos, gestão de carbono e tecnologias emergentes. Agritechs também têm ampliado oportunidades em pesquisa e desenvolvimento.

Confira abaixo insights para organizações e especialistas que buscam excelência em um dos campos mais importantes da economia brasileira:

Profissionais mais procurados (permanentes)

  • Gerente de Crédito
  • Gerente de Barter
  • Gerente de Vendas
  • RTV (Representante Técnico de Vendas)
  • Gerente de Operações
  • Gerente de Qualidade


Profissionais mais procurados (projetos)

  • Analista de Exportação
  • Analista de Importação
  • Analista de Faturamento
  • Analista Fiscal
  • Analista de Suprimentos
  • Assistente Administrativo


Hard skills (habilidades técnicas) mais demandadas

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  • Inglês
  • Conhecimento técnico/específico
  • Tecnologia
  • Gestão de produção
  • Gestão de cadeia de suprimentos


Soft skills (habilidades comportamentais) mais demandadas

  • Adaptabilidade
  • Negociação
  • Dinamismo
  • Viés de negócio
  • Visão de futuro


Projeções salariais

Os salários médios (em reais) no setor de Agronegócio, extraídos de entrevistas e conhecimento de mercado dos especialistas da Robert Half, podem ser consultados aqui

Sobre este material

O estudo Panorama Setorial de Agronegócio tem o objetivo de apresentar um quadro amplo desses setores, de modo a conectar as realidades do mercado às questões das empresas no âmbito da gestão de talentos. O quadro descrito neste Panorama se baseia, ao mesmo tempo, em dados de fontes públicas e em pesquisas da Robert Half.

Confira outros Panoramas Setoriais no site da Robert Half.

Sobre a Robert Half

É a primeira e maior empresa de soluções em talentos no mundo. Fundada em 1948, a empresa opera no Brasil selecionando profissionais permanentes e para projetos especializados nas áreas de finanças, contabilidade, mercado financeiro, seguros, engenharia, tecnologia, jurídico, recursos humanos, marketing e vendas e cargos de alta gestão. Com presença global e atuação na América do Norte, Europa, Ásia, América do Sul e Oceania, a Robert Half aparece em listas das empresas mais admiradas do mundo. A Robert Half é reconhecida, também, por seu compromisso de promover a igualdade e proporcionar uma cultura que apoia a diversidade.

Leonardo Berto, gerente da Robert Half
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